terça-feira, 26 de agosto de 2008

para hipermídia

De segunda a sexta, respirando o charmoso e cinza ar paulistano, Luiz chega a quase contar às horas que faltam  para o final de semana. Horas que se arrastam, o fluxo do trânsito que insiste em parar, mesmo quando a luz verde se acende. Gritos, quando tudo que o dia precisa para ficar um pouco melhor, é apenas um minuto de silêncio. Enfim, sexta-feira luta para não morrer, se prende a cada segundo, mas o dia vive seus últimos minutos.

Fora da jaula de vidro e ar morto, ou somente condicionado, Luiz foge para o bar, onde nada alem de luzes, garotos com seus malabares, fazem do caminho cheio de maquinas cuspidoras de fumaça um pouco mais paulistano. Agora, já é a iluminada sexta-feira e o tempo que se negava em passar, agora corre mais veloz que um vendedor de bala, que se esforça para pegar um pacote de balas que esquece no pára-brisa de um carro, mas ele não precisa correr muito, o carro já parou mais uma vez. Esse era o carro de Luiz. Tédio, mas pelo menos, sem uma máquina cuspidora de folhas ao seu lado. Ao seu lado apenas um guarda de transito, parando o que já não andava. Luiz lembra da tal nova lei. Esquece do brinde e segue direto para casa.

3 comentários:

Lele disse...

bem paulistano esse drama...
vai escrever romances agora é??

Lele disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ian disse...

Só uma palavra:
Vixe!